Os perigos, os mitos e os fatos das alergias alimentares
O alto número de casos mundiais e o conhecimento que tem sido obtido na área têm despertado a atenção de médicos e pacientes, que também precisam lidar com as muitas informações desencontradas compartilhadas pela população
O mundo tem atravessado uma verdadeira epidemia de alergia alimentar. Em nível mundial, são de 200 a 250 milhões de pessoas que sofrem de alergia a algum alimento, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS). As crianças são as mais acometidas, devido ao sistema imunológico ainda imaturo, e as reações alérgicas costumam diminuir com a idade – nem por isso deixam de ter importância campanhas de conscientização, como aquela desenvolvida agora em 2024 pela Organização Mundial de Alergias, com o tema Superando os Obstáculos em Alergia Alimentar.
Iniciativas como essa vão ao encontro de conhecimentos médicos conquistados nos últimos anos, sobretudo quanto à identificação de alergias no trato gastrintestinal, além da maior oferta de alimentos que podem substituir nutricionalmente aqueles mais alergênicos – como o leite de vaca. Esse é um contexto bastante propício, ainda, para a desmistificação de conceitos propagados pelo senso comum – um dos vários temas pertinentes tratados no episódio A explosão das alergias alimentares, do Olhar da Saúde Cast.
O bate-papo da vez foi com a alergista Renata Cocco, professora da Faculdade de Medicina Albert Einstein. Durante a conversa conduzida pelo Dr. Carlos Eduardo Barra Couri e pelo jornalista Diogo Sponchiato, além de tópicos que mais geram dúvidas e equívocos na população – afinal, o chocolate é hiper ou hipoalergênico? Os corantes são de fato responsáveis por grande parte das reações alérgicas? –, foram desvendadas as formas de investigação, o potencial das vacinas, os métodos que mais auxiliam no diagnóstico e a famigerada intolerância à lactose.
A introdução de alimentos transgênicos na dieta e a influência da higiene nos casos reais de alergia, somadas à importância das questões ambientais no aumento de casos no mundo, como as mudanças climáticas e a poluição atmosférica, também foram mencionadas no bate-papo. São aspectos mais do que suficientes para a constatação de que não há respostas fáceis para o diagnóstico. “Às vezes, não é nem na primeira, na segunda consulta. A gente precisa acompanhar por um tempo porque os dados vão chegando, e a gente precisa ligar todos para montar o quebra-cabeça”, diz a Dra. Renata.
O podcast faz um alerta que serve para todos, crianças e adultos: a relevância da alimentação saudável em qualquer status de saúde, inclusive na prevenção das questões inflamatórias como a alergia. “Peixe três vezes por semana, frutas, verdura, azeite, uma dieta saudável”, esclarece a especialista. Outras recomendações, tão importantes quanto, você pode conhecer clicando aqui, indo direto para o vídeo sobre esse tema tão polêmico e motivo de tantas visitas ao consultório médico. Não perca!
25 de outubro de 2024
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