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Prevenção é vida: atente-se aos sinais de câncer de mama

Prevenir o câncer é como cortar o mal pela raiz – se você descobre um pequeno nódulo em um autoexame ou em uma mamografia de rotina, o tratamento tem muito mais chances de eliminar o câncer e evitar que ele se multiplique

Outubro é o mês da conscientização do câncer de mama, movimento que visa aumentar a compreensão sobre a condição, promover a detecção precoce e apoiar as pessoas que porventura possuam o diagnóstico. O mês está quase acabando, mas vale lembrar que a conscientização deve acontecer o ano todo, portanto nunca é tarde para falar sobre esse tema tão presente no mundo.

Sabemos que a população mais acometida são as mulheres – nelas, o câncer de mama é um dos tipos mais comuns. Os casos em homens são mais raros, representando menos de 1% do total. No Brasil, a estimativa de câncer de mama, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (INCA, 2020), é de 66.280 de novos casos, e, de acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS, 2023), são mais de mais de 2,3 milhões de casos a cada ano no mundo todo. Em 95% dos países, ele é uma das causas principais de mortes pela doença em mulheres.

Muitas pessoas, com medo da notícia de um nódulo maligno, chegam a fugir de consultas médicas, acabando por buscar auxílio médico somente em caso já avançado. Mas a prevenção é a chave: o ideal é que toda mulher, a partir dos 40 anos, faça mamografia ao menos uma vez ao ano conforme indica a Sociedade Brasileira de Mastologia. Naquelas com maior risco de câncer de mama, o exame anual de mamografia deve se iniciar a partir dos 35 anos. A tecnologia e a inteligência da Medicina têm evoluído cada vez mais – ou seja, quanto mais cedo se descobre o câncer atualmente, maiores são as chances de sucesso no tratamento. Há até mesmo pesquisas recentes do Google Health com uso de inteligência artificial em mamografias que podem detectar um câncer 5 anos antes de ele surgir!

No episódio do Olhar da Saúde Cast, a Dra. Fabiana Makdissi, mastologista, relata seu próprio caso de câncer de mama aos 45 anos, no auge de sua carreira. Ela conta que passou pela mesma situação que várias de suas pacientes. Nas palavras da doutora: “Ter vivido esse outro lado, eu só pensava ‘vai dar certo’, porque com minhas pacientes dá”. 

A Dra. Fabiana também menciona a importância dos exames de rotina para as mulheres com mais de 40 anos e da biópsia, no caso de diagnosticar o nódulo maligno – identificando o tipo de câncer de mama, o médico já direciona o tratamento mais indicado.

E se alguém encontrou um caroço, ou alguma diferença nas mamas, mas não tem idade para fazer a mamografia de rotina? A Dra. Fabiana alerta que a paciente que foi ao hospital, e o médico, sem examiná-la, lhe disse que não precisa se preocupar, deve buscar outra opinião!

Fica, também, o recado: o autoexame não é um simples exame, mas um exercício de autoconhecimento, pois não é somente apalpando as mamas que se notam os sinais de alerta para um nódulo. Há diferenças no tamanho das mamas, secreções, formato, inversão de mamilo, entre muitos outros sintomas. Conhecer o próprio corpo é o mais importante: ao detectar qualquer alteração, consulte um médico.

Para ver na íntegra o podcast do Olhar da Saúde com a Dra. Fabiana Makdissi, clique aqui.

Por redação,

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