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Silvio Santos e sua grande fortuna: a saúde!

O estilo de vida desse ícone da comunicação no Brasil também é um legado a ser passado adiante

 

Infelizmente, o Brasil perdeu no dia 17 de agosto de 2024 um de seus maiores comunicadores de todos os tempos: Silvio Santos. Os noticiários informaram que o motivo foi uma infecção por H1N1 (um tipo de gripe) complicada por uma pneumonia.

Sempre ativo e trabalhando, Silvio Santos figura como um exemplo de que envelhecer não é adoecer. Pelo menos era essa a impressão passada mesmo nos seus últimos anos de trabalho, com idade avançada – ele morreu aos 93 anos.

 

Acredito que Silvio Santos seja o típico caso de uma pessoa que atingiu a longevidade com grande qualidade de vida. O que podemos aprender com ele?

Eu, por exemplo, me impressionava com a fortuna dele. Mas não a do dinheiro, e, sim, a da saúde. Mesmo após os 80 anos, ele sempre esbanjou saúde física, firmeza ao caminhar, horas a fio em pé no palco, boa cognição, voz forte. Não tenho dúvida de que a sua saúde financeira em boa parte se deveu à saúde física, possibilitando-o manter-se firme à frente dos seus negócios até pouco tempo atrás.

 

Relatos da imprensa apontam que Silvio Santos ingeria álcool com extrema moderação, não fumava, exercitava-se e nunca esteve grandemente fora do peso. Mas como uma pessoa assim falece com um quadro de pneumonia precipitada por uma gripe?

Aqui entra o conceito de reserva de saúde. Todos vamos ter intercorrências na vida: uma cirurgia, um acidente de bicicleta ou de moto, uma infecção. E todas essas condições nos tornam mais frágeis e consomem parte de nossas reservas de saúde.

Na própria pandemia de covid-19 vimos isso. Pessoas previamente sadias saíam do hospital extremamente fracas, muitas vezes necessitando de andador ou cadeira de rodas.

Uma “simples” internação por gripe (ou outro quadro) pode fazer um grande estrago, especialmente em quem não tem grandes reservas de saúde.

Para promover o bem-estar físico, precisamos de pelo menos oito bons itens amplamente divulgados pela Associação Americana do Coração:

  • Hábitos alimentares balanceados
  • Exercícios regulares
  • Boas noites de sono
  • Manter-se no peso adequado
  • Evitar o tabagismo
  • Controlar a pressão
  • Afastar o colesterol elevado
  • Controlar ou evitar o diabetes

Tenho a ousadia de incluir nessa lista o termo “vacinação”. Ainda mais na pessoa idosa, vacinas como a de gripe, pneumocócica, herpes-zóster e contra vírus sincicial respiratório são fundamentais. E isso sem falar nos imunizantes clássicos – contra tétano, hepatite B e febre amarela, entre outras.

Converse com seu médico. Vacine-se e tenha saúde.

Por Carlos Eduardo Barra Couri,

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Carlos Eduardo Barra Couri

Médico endocrinologista e curador do Portal Olhar da Saúde.

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